Uveíte Associada ao HLA-B27: Entenda a Ligação entre Doenças Reumáticas e Inflamação Ocular
- Dr. Ever Rodriguez

- há 7 dias
- 4 min de leitura
A visão é um dos sentidos mais preciosos, e qualquer ameaça à sua integridade exige atenção imediata. Entre as diversas doenças oculares inflamatórias, a Uveíte Associada HLA-B27 se destaca pela sua forte relação com doenças reumatológicas, como as Espondiloartropatias.
Neste artigo, você vai entender o que é a Uveíte Associada HLA-B27, quais são seus sintomas, causas e tratamentos mais eficazes, e por que o diagnóstico precoce e o acompanhamento multidisciplinar são fundamentais para preservar a visão e a saúde sistêmica do paciente.

O Elo Genético: Entendendo a Associação HLA-B27
A Uveíte Associada HLA-B27 é uma inflamação da úvea (estrutura interna do olho composta pela íris, corpo ciliar e coroide), fortemente ligada à presença do antígeno leucocitário humano B27 (HLA-B27) um marcador genético presente em cerca de 6% a 10% da população mundial.
Este marcador está associado a um grupo de doenças autoimunes e inflamatórias conhecidas como Espondiloartropatias, que incluem:
Espondilite Anquilosante
Artrite Reativa
Artrite Psoriásica
Doença Inflamatória Intestinal com Uveíte
A Uveíte Anterior Aguda (UAA): Principal Manifestação Ocular
A forma mais comum da Uveíte associada ao HLA-B27 é a Uveíte Anterior Aguda (UAA), caracterizada por:
Início súbito: sintomas aparecem rapidamente.
Acometimento unilateral: geralmente afeta apenas um olho por vez.
Recorrência frequente: crises inflamatórias podem retornar em intervalos variáveis.
Inflamação não granulomatosa: típica desse subtipo de uveíte.
Evidência científica: Nos casos de Uveíte Anterior Aguda (UAA), até 50% dos pacientes são HLA-B27 positivos, reforçando o papel diagnóstico e prognóstico deste marcador.
Sintomas da Uveíte Associada HLA-B27: Quando Procurar um Especialista
A Uveíte Associada HLA-B27 costuma ter um início abrupto e curso autolimitado, mas pode deixar sequelas visuais se não for tratada rapidamente. Os principais sintomas incluem:
Dor Ocular Intensa: Uma dor profunda e súbita no olho afetado.
Hiperemia (Olho Vermelho): Vermelhidão intensa, principalmente ao redor da córnea.
Fotofobia (Sensibilidade à Luz): Dificuldade e dor ao encarar a luz.
Baixa da Acuidade Visual: Visão embaçada ou diminuída.
Em casos mais graves, a inflamação pode se estender para o segmento posterior do olho, levando à edema macular cistoide ou vasculite de retina, que exigem tratamento mais agressivo e acompanhamento próximo.
Diagnóstico da Uveíte Associada HLA-B27: Uma Abordagem Multidisciplinar
O diagnóstico da Uveíte Associada ao HLA-B27 requer uma avaliação Oftalmológica detalhada e uma investigação sistêmica cuidadosa com Reumatologia.
Os Exames e abordagens diagnósticas incluem:
Exame oftalmológico completo (avaliação na lâmpada de fenda, medida de pressão ocular, mapeamento de retina)
Pesquisa laboratorial do antígeno HLA-B27
Avaliação Reumatológica para descartar ou confirmar doenças autoimunes associadas.
💡Importante: Em muitos pacientes, a Uveíte Anterior Aguda é o primeiro sinal de uma Espondiloartropatia ainda não diagnosticada por isso, o encaminhamento ao Reumatologista é parte fundamental da investigação.
Tratamento da Uveíte Associada HLA-B27: Protocolo Baseado em Evidências
O tratamento da Uveíte associada HLA-B27 tem como objetivos principais controlar a inflamação rapidamente, prevenir a recorrência e evitar sequelas que comprometam permanentemente a visão.
1. Fase Aguda (Controle da Crise):
Corticosteroides Tópicos: São a primeira linha de tratamento para reduzir a inflamação na câmara anterior.
Cicloplégicos/Midriáticos: Colírios para dilatar a pupila (como atropina ou tropicamida) aliviam a dor e previnem a formação de sinéquias (aderências que podem causar glaucoma secundário)
2. Casos Recorrentes ou Refratários:
Nos casos persistentes ou com envolvimento do segmento posterior:
Injeções intravítreas de Triancinolona ou implante intravítreo de Dexametasona (Ozurdex): utilizados em casos refratários com envolvimento macular ou inflamação do segmento posterior, proporcionando liberação prolongada do corticoide e melhor controle da inflamação.
Imunossupressores sistêmicos (como metotrexato, azatioprina ou ciclosporina), usados em parceria com o Reumatologista.
Agentes biológicos (Anti-TNF-α): como Infliximabe e Adalimumabe, são eficazes em casos refratários com envolvimento sistêmico
📌Importante: O manejo multidisciplinar entre Oftalmologista e Reumatologista é decisivo para o sucesso terapêutico e prevenção de novos surtos inflamatórios.
Prognóstico e Complicações: A Importância do Seguimento Contínuo
Embora a maioria dos episódios de Uveíte Anterior Aguda (UAA) associada ao HLA-B27 responda bem ao tratamento inicial com corticosteroides tópicos, a taxa de recorrência é alta e o manejo a longo prazo é vital. As principais complicações que podem comprometer a visão incluem:
Catarata Secundária: Devido à inflamação crônica ou ao uso prolongado de corticoides.
Glaucoma Secundário: Causado pela obstrução do ângulo de drenagem (secundário às sinéquias) ou pelo efeito colateral do corticoide.
Edema Macular Cistoide: Acúmulo de líquido na região central da retina, que afeta a visão.
O prognóstico é geralmente favorável com diagnóstico rápido e tratamento agressivo, mas a vigilância oftalmológica é obrigatória para monitorar a atividade da doença e detectar complicações em estágios iniciais.
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Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376
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