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Dor Incontrolável e Visão Baixa? A Esclerite Necrosante Pode Ser a Causa

Foto do escritor: Dr. Ever RodriguezDr. Ever Rodriguez

Você já ouviu falar em Esclerite Necrosante? Essa é uma condição rara, seria, que afeta a esclera, a parte branca dos olhos. Em casos mais graves, pode evoluir para Escleromalácia Perfurante, onde a esclera fica tão fina que a camada interna do olho pode ficar exposta. Compreender a Esclerite Necrosante é fundamental para o diagnóstico precoce e para a escolha do tratamento adequado, prevenindo complicações sérias.


    Esclerite Necrosante e doenças autoimunes
Esclerite Necrosante

O Que é Esclerite Necrosante e Por Que Ela Ameaça Sua Visão?

A Esclerite Necrosante representa 10 a 15% dos casos de esclerite anterior e se caracteriza por inflamação severa que pode destruir a esclera e pode ser fatal para a visão, especialmente quando não tratada a tempo.

Essa condição grave se divide em duas formas:

  • Esclerite necrosante com inflamação: Associada a doenças autoimunes, causa dor intensa, inflamação severa e risco de perfuração escleral.

  • Escleromalácia perfurante: Menos dolorosa, mas com afinamento progressivo da esclera, frequentemente associada à artrite reumatoide.


  • Escleromalácia perfurante (risco de perfuração)
    Escleromalácia perfurante

Causas e Fatores de Risco

A Esclerite Necrosante é frequentemente associada a doenças autoimunes, com:

  • Artrite Reumatoide

  • Lúpus eritematoso sistêmico

  • Granulomatose com poliangiite

  • Doença de Behçet

  • Poliarterite nodosa

  • Esclerodermia

  • Doenças inflamatórias intestinais (Doença de Crohn e colite ulcerativa)


A inflamação é impulsionada por citocinas inflamatórias, principalmente o TNF-alfa (fator de necrose tumoral alfa), que induz a produção de metaloproteinases da matriz (MMP-3 e MMP-9). Essas enzimas são responsáveis pela destruição da parede escleral e da córnea adjacente, levando ao enfraquecimento da estrutura ocular e risco de perfuração, uma complicação extremamente grave.


Além disso, fatores genéticos e ambientais também podem influenciar o desenvolvimento dessa condição grave.


Quais são os principais sinais e sintomas da Esclerite Necrosante?

A Esclerite Necrosante apresenta sintomas intensos e pode levar a dano ocular irreversível. Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Dor ocular intensa e profunda

  • Alterações na cor da esclera, com manchas acinzentadas ou amareladas

  • Visão turva

  • Destruição da parede ocular (em casos mais graves)

  • Afinamento da esclera, com risco de perfuração

Esses sinais devem ser avaliados por um oftalmologista imediatamente para evitar complicações maiores.


Como o diagnóstico precoce pode salvar sua visão na Esclerite Necrosante?

O diagnóstico precoce de Esclerite Necrosante é essencial para prevenir a perda de visão. Os exames mais comuns incluem:

  • Exame clínico ocular detalhado

  • Testes laboratoriais para investigar causas autoimunes (fator reumatoide, anticorpos antinucleares)

  • Exame de sangue para medir inflamação (PCR, VHS)

  • Radiografia de tórax e teste tuberculínico (para excluir infecções como tuberculose)

A identificação precoce dos fatores subjacentes ajuda a direcionar o tratamento adequado.


Tratamento da Esclerite Necrosante

O tratamento da Esclerite Necrosante envolve estratégias imunossupressoras para controlar a inflamação. Quando os tratamentos convencionais falham ou são contraindicados, terapias biológicas como inibidores de TNF-alfa têm mostrado grande eficácia.


Medicamentos Convencionais

  • Corticosteroides em altas doses: Usados para reduzir rapidamente a inflamação, mas com efeitos colaterais significativos a longo prazo.

  • Imunossupressores: Como metotrexato e ciclofosfamida, usados para controlar a doença subjacente em casos crônicos.


Terapias Biológicas com Inibidores de TNF-Alfa

Quando os tratamentos convencionais falham, os inibidores de TNF-alfa como infliximabe (Remicade) e adalimumabe (Humira) são altamente eficazes.

  • Infliximabe: tem mostrado resultados eficazes no tratamento da uveíte posterior e esclerite associada a doenças sistêmicas.

  • Adalimumabe: tem mostrado excelente controle da esclerite nodular idiopática bilateral e esclerite relacionada à artrite reumatoide, com menos efeitos colaterais relatados.


Esses tratamentos têm se mostrado promissores em casos de esclerite necrosante secundária, como na granulomatose com poliangiite, evitando o uso de medicamentos mais agressivos como a ciclofosfamida.


Cirurgia: Quando é Necessária?

Em casos graves de Esclerite Necrosante, quando há risco de perfuração da esclera, pode ser necessário realizar cirurgia. O procedimento envolve o uso de enxertos de tecidos para fortalecer a parede ocular e impedir a perfuração. Os enxertos podem ser feitos com:

  • Esclera preservada

  • Cartilagem

  • Periósteo (membrana óssea)

  • Membrana amniótica (usada em casos mais complexos)


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Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376

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