Você já ouviu falar em Esclerite Necrosante? Essa é uma condição rara, seria, que afeta a esclera, a parte branca dos olhos. Em casos mais graves, pode evoluir para Escleromalácia Perfurante, onde a esclera fica tão fina que a camada interna do olho pode ficar exposta. Compreender a Esclerite Necrosante é fundamental para o diagnóstico precoce e para a escolha do tratamento adequado, prevenindo complicações sérias.

O Que é Esclerite Necrosante e Por Que Ela Ameaça Sua Visão?
A Esclerite Necrosante representa 10 a 15% dos casos de esclerite anterior e se caracteriza por inflamação severa que pode destruir a esclera e pode ser fatal para a visão, especialmente quando não tratada a tempo.
Essa condição grave se divide em duas formas:
Esclerite necrosante com inflamação: Associada a doenças autoimunes, causa dor intensa, inflamação severa e risco de perfuração escleral.
Escleromalácia perfurante: Menos dolorosa, mas com afinamento progressivo da esclera, frequentemente associada à artrite reumatoide.
Escleromalácia perfurante
Causas e Fatores de Risco
A Esclerite Necrosante é frequentemente associada a doenças autoimunes, com:
Artrite Reumatoide
Lúpus eritematoso sistêmico
Granulomatose com poliangiite
Doença de Behçet
Poliarterite nodosa
Esclerodermia
Doenças inflamatórias intestinais (Doença de Crohn e colite ulcerativa)
A inflamação é impulsionada por citocinas inflamatórias, principalmente o TNF-alfa (fator de necrose tumoral alfa), que induz a produção de metaloproteinases da matriz (MMP-3 e MMP-9). Essas enzimas são responsáveis pela destruição da parede escleral e da córnea adjacente, levando ao enfraquecimento da estrutura ocular e risco de perfuração, uma complicação extremamente grave.
Além disso, fatores genéticos e ambientais também podem influenciar o desenvolvimento dessa condição grave.
Quais são os principais sinais e sintomas da Esclerite Necrosante?
A Esclerite Necrosante apresenta sintomas intensos e pode levar a dano ocular irreversível. Entre os sintomas mais comuns estão:
Dor ocular intensa e profunda
Alterações na cor da esclera, com manchas acinzentadas ou amareladas
Visão turva
Destruição da parede ocular (em casos mais graves)
Afinamento da esclera, com risco de perfuração
Esses sinais devem ser avaliados por um oftalmologista imediatamente para evitar complicações maiores.
Como o diagnóstico precoce pode salvar sua visão na Esclerite Necrosante?
O diagnóstico precoce de Esclerite Necrosante é essencial para prevenir a perda de visão. Os exames mais comuns incluem:
Exame clínico ocular detalhado
Testes laboratoriais para investigar causas autoimunes (fator reumatoide, anticorpos antinucleares)
Exame de sangue para medir inflamação (PCR, VHS)
Radiografia de tórax e teste tuberculínico (para excluir infecções como tuberculose)
A identificação precoce dos fatores subjacentes ajuda a direcionar o tratamento adequado.
Tratamento da Esclerite Necrosante
O tratamento da Esclerite Necrosante envolve estratégias imunossupressoras para controlar a inflamação. Quando os tratamentos convencionais falham ou são contraindicados, terapias biológicas como inibidores de TNF-alfa têm mostrado grande eficácia.
Medicamentos Convencionais
Corticosteroides em altas doses: Usados para reduzir rapidamente a inflamação, mas com efeitos colaterais significativos a longo prazo.
Imunossupressores: Como metotrexato e ciclofosfamida, usados para controlar a doença subjacente em casos crônicos.
Terapias Biológicas com Inibidores de TNF-Alfa
Quando os tratamentos convencionais falham, os inibidores de TNF-alfa como infliximabe (Remicade) e adalimumabe (Humira) são altamente eficazes.
Infliximabe: tem mostrado resultados eficazes no tratamento da uveíte posterior e esclerite associada a doenças sistêmicas.
Adalimumabe: tem mostrado excelente controle da esclerite nodular idiopática bilateral e esclerite relacionada à artrite reumatoide, com menos efeitos colaterais relatados.
Esses tratamentos têm se mostrado promissores em casos de esclerite necrosante secundária, como na granulomatose com poliangiite, evitando o uso de medicamentos mais agressivos como a ciclofosfamida.
Cirurgia: Quando é Necessária?
Em casos graves de Esclerite Necrosante, quando há risco de perfuração da esclera, pode ser necessário realizar cirurgia. O procedimento envolve o uso de enxertos de tecidos para fortalecer a parede ocular e impedir a perfuração. Os enxertos podem ser feitos com:
Esclera preservada
Cartilagem
Periósteo (membrana óssea)
Membrana amniótica (usada em casos mais complexos)
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