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Tumores Vasculares Intraoculares: Doenças Silenciosas que só um Exame Oftalmológico detalhado pode revelar

  • Foto do escritor: Dr. Ever Rodriguez
    Dr. Ever Rodriguez
  • 8 de jun.
  • 5 min de leitura

Neste artigo, você vai entender tudo sobre os Tumores Vasculares Intraoculares, incluindo os principais tipos como Hemangioma Capilar de Retina, Hemangioma Cavernoso de Retina, Hemangioma de Coroide Circunscrito e Difuso, Tumor Vasoproliferativo de Retina, entre outros. Vamos explicar o que são essas lesões, seus sintomas mais comuns, como é feito o diagnóstico, as opções de tratamento disponíveis e também dicas de prevenção.


Informações valiosas e confiáveis para ajudar você a proteger sua visão e evitar complicações graves com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado.

Tumores Vasculares Intraoculares: doenças silenciosas que só um exame oftalmológico detalhado pode revelar
Tumores Vasculares Intraoculares: doenças silenciosas que só um exame oftalmológico detalhado pode revelar

O que são Tumores Vasculares Intraoculares?

Os Tumores Vasculares Intraoculares são lesões benignas ou malformações vasculares localizadas no interior do olho, principalmente na Retina e na Coroide. Embora geralmente não sejam malignos, essas alterações podem provocar sintomas e alterações importantes como:

  • Visão embaçada

  • Metamorfopsia (distorção da visão)

  • Escotomas (áreas de sombra)

  • Descolamento de Retina, Edema Macular e Glaucoma Secundário


A correta identificação e abordagem desses tumores é essencial para preservar a visão e, em alguns casos, diagnosticar síndromes genéticas subjacentes.


Tipos de Tumores Vasculares Intraoculares

1. Hemangioma Capilar da Retina

Tumor vascular benigno composto por uma proliferação de vasos capilares. Pode ser solitário ou múltiplo e geralmente está associado à Síndrome de Von Hippel-Lindau (VHL), uma condição genética autossômica dominante com predisposição a múltiplos tumores benignos e malignos.

Características Clínicas

  • Lesão nodular avermelhada com vasos aferentes e eferentes dilatados

  • Exsudação lipídica, hemorragia retiniana e descolamento de retina seroso em casos avançados

Exames diagnósticos:

  • Mapeamento de Retina e Retinografia: imagem clássica de lesão vascular nodular

  • Angiografia Fluoresceínica: hiperfluorescência precoce e vazamento tardio

  • OCT (Tomografia de Coerência Óptica): avalia edema macular cistoide ou descolamento de Retina.

Tratamento

  • Fotocoagulação a laser ou crioterapia em lesões pequenas

  • Radioterapia, terapia fotodinâmica, anti-VEGF e vitrectomia nos casos mais avançados


Importante: é fundamental investigar a presença de Síndrome de Von Hippel-Lindau (VHL) com exames de imagem do SNC, abdome e rins e aconselhamento genético.


2. Hemangioma Cavernoso da Retina

Malformação vascular estável composta por dilatações saculares de vasos venosos, semelhantes a um "cacho de uva".

Características Clínicas

  • Lesões saculares com fluxo lento, sem exsudação

  • Pode estar associado a lesões similares no SNC (angiomas cavernosos cerebrais)

Retinografia mostrando Hemangioma Cavernoso da Retina com lesões saculares características
Retinografia mostrando Hemangioma Cavernoso da Retina com lesões saculares características e Angiografia fluoresceínica evidencia hiperfluorescência das lesões e hipofluorescência por bloqueio inferior.

Exames diagnósticos:

  • Mapeamento de Retina e Retinografia: múltiplas estruturas redondas, vermelho-escuro

  • Angiografia Fluoresceínica: preenchimento tardio e em mosaico, sem vazamento

  • OCT (Tomografia de Coerência Óptica): normalmente não mostra alterações estruturais relevantes

Conduta

  • Acompanhamento clínico

  • Tratamento raramente necessário.


Tumor vascular benigno localizado na coroide, geralmente isolado e não associado a síndromes genéticas.

Sintomas mais Comuns:

  • Visão borrada

  • Metamorfopsia

  • Escotoma central

  • Descolamento seroso da retina

Exames diagnósticos:

  • Mapeamento de Retina e Retinografia: lesão laranja-avermelhada no polo posterior

  • Ultrassom modo B: espessamento focal com alta refletividade

  • OCT (Tomografia de Coerência Óptica): descolamento neurossensorial, acúmulo de fluido sub-retiniano

  • Angiografia com Fluoresceína ou Indocianina Verde: preenchimento precoce, vasculatura rica

Tratamento

  • Observação em casos assintomáticos

  • Terapia fotodinâmica (TFD) como tratamento de escolha

  • Radioterapia de feixe externo em baixas doses, anti-VEGF ou laser podem ser usados em casos selecionados.


4. Hemangioma de Coroide Difuso

Tumor vascular plano, difuso, geralmente associado à Síndrome de Sturge-Weber, uma condição neurocutânea congênita.

Características Sistêmicas da Síndrome de Sturge-Weber

  • Mancha vinho do porto (angioma facial)

  • Malformações vasculares leptomeníngeas

  • Epilepsia, atraso neuropsicomotor

  • Glaucoma congênito ou secundário (aumento da pressão episcleral)

Manifestações Oculares

  • Heterocromia de íris

  • Fundo de olho avermelhado difusamente

  • Glaucoma unilateral

Exames diagnósticos:

  • Ultrassonografia ocular: espessamento difuso da coroide

  • OCT (Tomografia de Coerência Óptica): fluido sub-retiniano e alterações estruturais

  • Avaliação sistêmica (Ressonância magnética de crânio com contraste)

Tratamento

  • Controle do Glaucoma com colírios, cirurgia se necessário

  • Radioterapia de feixe externo, Braquiterapia ou Terapia fotodinâmica (TFD) nos casos com descolamento seroso de retina persistente


5. Malformações Arteriovenosas da Retina (Hemangioma Racemoso):

Também conhecidas como Hemangioma Racemoso, são comunicações diretas entre artérias e veias da retina, sem leito capilar intermediário. Trata-se de uma anomalia congênita, não hereditária, que pode afetar simultaneamente a retina e o sistema nervoso central.

Classificação:

  • Grupo I: Plexos capilares anormais entre vasos maiores.

  • Grupo II: Comunicação direta entre artéria e veia, sem capilares.

  • Grupo III: Lesões extensas com vasos dilatados e tortuosos, sem distinção entre artéria e veia.

Manifestações Oculares:

  • Vasos retinianos dilatados e tortuosos

  • Possível exsudação sub-retiniana em lesões volumosas

  • Geralmente assintomáticas, mas podem causar ambliopia se unilaterais e não detectadas na infância

Associação Sistêmica

  • Síndrome de Wyburn-Mason: malformações AV em SNC, órbita e retina

Exames diagnósticos:

  • Angiografia com Fluoresceína: confirma a ausência de capilares; nas formas graves, artérias e veias tornam-se indistinguíveis.

  • Mapeamento de Retina e Retinografia: revela alterações vasculares exuberantes e características

  • RM de crânio e órbita: essencial para descartar malformações cerebrais associadas (Síndrome de Wyburn-Mason)

Tratamento

  • Não há tratamento eficaz direto para a malformação retiniana

  • Abordagem é conservadora, com acompanhamento clínico regular


6. Tumor Vasoproliferativo da Retina

Lesão rara e benigna, previamente chamada de Hemangioma Retiniano Adquirido. Pode ser primária (sem causa subjacente) ou secundária a condições inflamatórias, vasculares ou degenerativas como uveíte intermediária e retinose pigmentar.

Epidemiologia:

  • O Tumor Vasoproliferativo da Retina surge geralmente entre a terceira e quarta décadas de vida

  • Acomete ambos os sexos igualmente

  • Maioria dos casos primários é solitária, enquanto tumores secundários são frequentemente múltiplos

Aspecto Clínico:

  • Massa vascular globular, amarelada a rosada, na retina periférica

  • Sem vasos nutridores visíveis, o que o diferencia do hemangioma capilar

  • Exsudação sub-retiniana em mais de 80% dos casos

  • Pode evoluir com fibrose macular e perda visual

Diagnóstico:

  • Mapeamento de retina

  • OCT para avaliação do envolvimento macular

  • Ultrassonografia e angiografia em casos selecionados

Tratamento:

  • Crioterapia transconjuntival (triple freeze-thaw) é a principal abordagem

  • Tumores pequenos e sem exsudação podem ser apenas observados


Conclusão: A importância de reconhecer e diferenciar tumores vasculares intraoculares

O conhecimento aprofundado sobre os diferentes tipos de Tumores Vasculares Intraoculares incluindo as formas raras é essencial para um diagnóstico preciso e um manejo eficaz. Muitos desses tumores estão associados a síndromes sistêmicas ou podem evoluir com complicações visuais graves se não forem tratados adequadamente.

A exatidão diagnóstica, o acompanhamento com especialistas em retina e o uso de tecnologias como OCT, angiografia e imagem cerebral são pilares fundamentais no cuidado desses pacientes.


    Dr. Ever realizando Mapeamento de retina
Dr. Ever realizando Mapeamento de retina

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Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376

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