top of page

Doença de Coats: Entenda os Primeiros Sinais Que Podem Salvar a Visão do Seu Filho

  • Foto do escritor: Dr. Ever Rodriguez
    Dr. Ever Rodriguez
  • há 7 dias
  • 5 min de leitura

A Doença de Coats (Coats Disease) é uma condição oftalmológica rara, silenciosa e progressiva, que pode levar à cegueira se não diagnosticada e tratada precocemente. Afetando principalmente crianças, essa doença compromete os vasos sanguíneos da retina, causando vazamentos, acúmulo de fluido e, em casos avançados, descolamento de retina.


Neste artigo completo e atualizado, você entenderá o que é a Doença de Coats, quais sinais devem acender o alerta e quais são as abordagens modernas para preservar a visão do seu filho.

Seu Filho Está Perdendo a Visão de Um Olho? Pode Ser Doença de Coats
Seu Filho Está Perdendo a Visão de Um Olho? Pode Ser Doença de Coats

O que é a Doença de Coats?

A Doença de Coats (Coats Disease) é uma Vasculopatia Retiniana não Hereditária caracterizada pela formação anormal dos vasos sanguíneos da retina, que se tornam tortuosos, frágeis e propensos a vazamentos (telangiectasias e aneurismas). O fluido extravasado forma acúmulos de lipídios (exsudatos), podendo evoluir para edema e descolamento exsudativo da retina.

A Doença de Coats é mais frequentemente diagnosticada em crianças e adolescentes do sexo masculino, com pico entre os 6 e 8 anos, embora possa surgir também em adultos. A doença normalmente afeta apenas um olho (unilateral 95%) e, se não identificada a tempo, pode comprometer permanentemente a visão daquele olho.


Qual a causa da Doença de Coats?

A Doença de Coats está relacionada a falhas no desenvolvimento dos vasos sanguíneos da retina. Nessa condição, alguns vasos se desenvolvem de forma anormal, eles ficam dilatados, tortuosos (o que chamamos de telangiectasias) e podem formar pequenos “balõezinhos” chamados aneurismas. Esses vasos frágeis acabam vazando líquido e gordura, o que leva ao acúmulo de exsudatos (como se fossem “manchas de gordura”) e, com o tempo, pode causar edema ou até descolamento de Retina.


Alguns estudos identificaram possíveis mutações somáticas no gene NDP (implicado também na síndrome de Norrie), mas isso ainda está em investigação.

Diferentemente de outras doenças retinianas como a retinopatia da prematuridade ou a retinose pigmentar, a Doença de Coats não está relacionada à genética, prematuridade, diabetes ou inflamações.


Quais são os sintomas da Doença de Coats?

Por ser indolor e geralmente afetar apenas um olho, a Doença de Coats pode passar despercebida. Pais e educadores devem ficar atentos aos seguintes sinais:

  • Leucocoria (reflexo branco na pupila): geralmente notado em fotos com flash.

  • Perda visual progressiva (34%) em um olho, que pode passar despercebida pela criança.

  • Estrabismo (olho torto) 23%: ocorre devido à baixa visão de um dos olhos.

  • Edema e exsudato retiniano visíveis ao exame oftalmológico.

  • Aumento da pressão intraocular (glaucoma secundário), em fases avançadas.

  • Descolamento de Retina, em estágios mais graves.

  • Em alguns casos, o olho pode parecer opaco ou maior.

É importante destacar que a leucocoria também pode ser um sinal de tumores oculares, como o Retinoblastoma, por isso é fundamental uma avaliação urgente e minuciosa com um especialista.

Dica importante: Fotografias com flash podem ser aliadas no diagnóstico precoce. Se notar um reflexo branco nos olhos do seu filho, procure um oftalmologista imediatamente.


Como é feito o diagnóstico da Doença de Coats?

O diagnóstico deve ser feito por um Oftalmologista especialista em Retina, utilizando uma combinação de exames clínicos e de imagem. O objetivo é confirmar a presença dos vasos anormais, identificar áreas de exsudação e verificar o grau de comprometimento retiniano. Exames geralmente utilizados:

  • Fundo de olho (mapeamento de retina)

    Permite observar diretamente os vasos anômalos, exsudatos amarelos (lipídios sub-retinianos), áreas de telangiectasia e possível descolamento de retina.

        Dr. Ever realizando Mapeamento de retina em paciente com Doença de Coat
    Dr. Ever realizando Mapeamento de retina
  • Angiografia fluoresceínica

    Utiliza contraste para mapear o vazamento dos vasos retinianos. Revela áreas de não perfusão e exsudação ativa.

  • Tomografia de coerência óptica (OCT)

    Exame que avalia a estrutura da retina em alta resolução, ideal para identificar fluido sub-retiniano e espessamento macular.

  • Ultrassonografia ocular

    Importante em casos onde não é possível visualizar diretamente a retina (por opacificação de meios). Ajuda a diferenciar Doença de Coats de tumores como o Retinoblastoma.


Principais Diagnósticos Diferenciais da Doença de Coats

  • Retinoblastoma (principal preocupação)

  • Retinopatia exsudativa familiar

  • Síndrome de Norrie

  • Doença de von Hippel-Lindau

  • Toxocaríase Ocular


Estadiamento clínico da Doença de Coats

A classificação da Doença de Coats ajuda a definir o tratamento ideal e a prever o prognóstico:

  • Estágio 1: Telangiectasias retinianas sem exsudação

  • Estágio 2: Telangiectasias com exsudatos (com ou sem acometimento mácular)

  • Estágio 3: Descolamento de retina parcial ou total

  • Estágio 4: Glaucoma secundário

  • Estágio 5: Globo ocular cego e doloroso


Tratamento da Doença de Coats: Quais são as opções mais eficazes?

O tratamento da Doença de Coats visa interromper o vazamento dos vasos e preservar a função visual. As opções variam de acordo com o estágio:

1. Fotocoagulação a Laser

Ideal nos estágios iniciais para selar os vasos anômalos.

2. Crioterapia

Congelamento dos vasos telangiectásicos com uma sonda especial. Útil quando há acúmulo de exsudato dificultando o uso do laser.

3. Injeção Intravítrea (Anti-VEGF ou Corticoides)

Reduzem o edema e a permeabilidade vascular.

Resposta ao tratamento combinado com anti-VEGF e fotocoagulação a laser na Doença de Coats: imagens pré-tratamento (esquerda) mostram exsudatos extensos e descolamento seroso de retina; após 6 meses da terapia combinada (direita), observa-se resolução completa dos exsudatos e reabsorção do descolamento retinal.
Resposta à terapia combinada com anti-VEGF intravítreo e Fotocoagulação a Laser na Doença de Coats. Antes do tratamento (esquerda), notam-se exsudatos difusos e descolamento seroso da retina. Seis meses após o tratamento combinado (direita), observa-se resolução completa das alterações.

4. Vitrectomia Posterior via Pars Plana

Indicada para casos com Descolamento de Retina, Hemorragia Vítrea ou falha do tratamento clínico.

5. Enucleação (remoção do olho)

Indicação extrema em olhos cegos, dolorosos ou com suspeita de tumor.


O acompanhamento contínuo com o Oftalmologista Especialista em Retina é fundamental, já que a doença pode progredir ou recidivar, exigindo novas intervenções.


A Doença de Coats tem cura?

Embora não exista cura definitiva, o controle da Doença de Coats é possível com diagnóstico precoce e tratamento adequado. Em estágios iniciais, a preservação da visão é viável. Nos casos avançados, o objetivo é controlar a dor e evitar complicações.


Qual é o prognóstico da Doença de Coats?

O prognóstico visual depende fortemente do estágio no momento do diagnóstico:

  • Estágios iniciais: bons resultados com laser ou crioterapia

  • Estágios avançados: maior risco de perda visual irreversível


Quando procurar um Oftalmologista?

Procure imediatamente um Oftalmologista Especialista em Retina se notar:

  • Reflexo branco nos olhos do seu filho em fotos com flash

  • Desalinhamento ocular (estrabismo)

  • Queixas visuais monoculares

  • Histórico de doenças oculares em crianças

  • Sinais de olho maior, dolorido ou opaco

Consultas oftalmológicas regulares na infância são essenciais, mesmo na ausência de sintomas, pois muitas doenças oculares infantis são silenciosas.


Conclusão: A importância do diagnóstico precoce na Doença de Coats

A Doença de Coats é uma enfermidade rara e complexa, mas que, se reconhecida precocemente, pode ser tratada com sucesso. O grande desafio é o diagnóstico em tempo hábil, já que os primeiros sinais podem ser sutis e indolores.

Por isso, fotografias com flash podem ser aliadas importantes na detecção de reflexos anormais na pupila. Pais, educadores e pediatras devem estar atentos.


Excelência no Tratamento da Doença de Coats na Clínica EYECO

A Doença de Coats é uma condição rara, progressiva e potencialmente devastadora se não diagnosticada precocemente. Na Clínica EYECO, somos Referência em Doenças da Retina e oferecemos atendimento especializado, acolhedor e baseado nas mais atuais evidências científicas.

Nossos oftalmologistas são altamente capacitados no manejo da Doença de Coats e contam com tecnologia de ponta para diagnóstico e tratamento. Cada criança é cuidadosamente examinada por especialistas com ampla formação e atualização científica contínua.

Se você identificou sinais como reflexo branco na pupila, estrabismo ou alterações visuais no seu filho, não espere. O diagnóstico precoce é decisivo para preservar a visão.

Agende sua consulta na Clínica EYECO Oftalmologia e tenha acesso à excelência médica que une ciência, empatia e resultados reais.


Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376

Confira essa e outras informações na nossa página do Facebook ou Instagram.


Faça seu agendamento via WhatsApp agora! 



Comentários


Não é mais possível comentar esta publicação. Contate o proprietário do site para mais informações.
Seta de pagina
bottom of page