Pinguécula: O que é essa mancha amarela nos olhos e quando se preocupar?
- Dr. Ever Rodriguez
- 1 de abr.
- 4 min de leitura
Você já percebeu uma mancha amarelada na parte branca do olho, perto do nariz ou na lateral? Pode ser uma Pinguécula, uma condição ocular bastante comum, especialmente em quem tem muita exposição ao sol, vento e poeira.

O que é a Pinguécula?
A Pinguécula é uma lesão benigna, amarelada e ligeiramente elevada que aparece na conjuntiva, a membrana transparente que recobre a parte branca dos olhos. Normalmente, surge no lado nasal, mas também pode aparecer na lateral temporal.
Essa alteração ocorre devido à degradação do tecido conjuntivo, causada pela exposição prolongada à radiação ultravioleta (UV), poluição e outros fatores ambientais.
Quais são os sintomas da Pinguécula?
Muitas vezes, a Pinguécula não causa sintomas, mas algumas pessoas podem sentir:
Sensibilidade ocular
Vermelhidão
Sensação de areia ou corpo estranho nos olhos
Lacrimejamento excessivo
Irritação ocular ao usar lentes de contato
A boa notícia é que a pinguécula raramente afeta a visão e não é um problema grave. No entanto, pode causar desconforto e, em casos raros, evoluir para uma condição chamada Pterígio, um crescimento que pode afetar a córnea e a visão.
Quem tem maior risco de desenvolver Pinguécula?
A Pinguécula pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em:
Pessoas que passam muito tempo ao ar livre, expostas ao sol, vento e poeira.
Profissionais como pescadores, agricultores e motoristas, que trabalham sob exposição solar intensa.
Pessoas que vivem próximas ao equador, onde a radiação UV é mais forte.
Indivíduos com mais de 40 anos, embora possa surgir em faixas etárias mais jovens.
Homens, que apresentam maior prevalência da condição.
Pessoas que consomem álcool regularmente, pois estudos apontam uma associação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o desenvolvimento da pinguécula.
Pacientes com diabetes mellitus.
Dados e estatísticas interessantes
Estudos apontam que 45% da população adulta pode ter pinguécula.
Em uma pesquisa realizada na Espanha, entre pessoas com mais de 40 anos, 47,9% tinham pinguécula, enquanto apenas 5,9% apresentavam pterígio.
Em um estudo feito na Índia, com mais de 7.700 pessoas, a prevalência da pinguécula foi de 11,3%, e o pterígio apareceu em 9,5% dos casos.
A condição é mais comum em jovens de 15 a 29 anos, reduzindo com a idade.
A pinguécula pode virar algo mais grave?
Embora seja benigna, algumas pesquisas indicam que a pinguécula pode evoluir para um pterígio, que cresce em direção à córnea e pode prejudicar a visão. Por isso, é essencial proteger os olhos e consultar um oftalmologista caso haja desconforto persistente.
Diagnóstico Diferencial da Pinguécula
O diagnóstico da Pinguécula é feito por um médico oftalmologista por meio da biomicroscopia com lâmpada de fenda. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames complementares para descartar condições semelhantes, como:
Carcinoma de células escamosas da conjuntiva (CEC): é uma forma de Neoplasia Escamosa da Superfície Ocular (OSSN), caracterizada por uma lesão maligna que pode comprometer a visão
Carcinoma de células escamosas da conjuntiva (CEC) Dermoide Limbar: Uma massa benigna presente desde o nascimento, composta por tecido ectópico.
Tumores Conjuntivais: Incluindo papilomas, nevos e melanomas, que podem requerer investigação mais detalhada.
Como Tratar a Pinguécula?
Na maioria dos casos, o tratamento é simples e visa aliviar os sintomas:
Lágrimas artificiais: Para manter os olhos lubrificados e reduzir a irritação.
Anti-inflamatórios leves: Como colírios para reduzir inflamação em casos de pingueculite.
Cessar tabagismo: Para evitar o agravamento dos sintomas.
Quando a cirurgia é necessária?
A maioria dos casos não precisa de cirurgia. No entanto, a remoção pode ser considerada se:
A pinguécula estiver muito inflamada e os tratamentos conservadores não funcionarem.
Houver interferência no uso de lentes de contato.
A lesão estiver crescendo excessivamente ou causando alteração estética significativa.
Existir dúvidas sobre o diagnóstico e necessidade de biópsia.
Dentre as técnicas disponíveis, temos:
Excisão cirúrgica com enxerto de conjuntiva
Laser para fotocoagulação
Estudos apontam que a remoção cirúrgica melhora tanto a estética quanto a lubrificação ocular, reduzindo o desconforto.
Como prevenir e tratar a Pinguécula?
Para prevenir e aliviar os sintomas, siga estas recomendações:
Use óculos de sol com proteção UV: A exposição solar é um dos principais fatores para o desenvolvimento da pinguécula. Proteger os olhos é essencial!
Hidrate seus olhos: Se você sente irritação ou ressecamento, colírios lubrificantes ajudam a manter os olhos confortáveis.
Evite ambientes muito secos ou poluídos: Poeira, fumaça e vento podem agravar a condição.
Descanso e compressas frias: Se os olhos estiverem irritados, compressas frias podem aliviar o desconforto.
Consulte um oftalmologista: Se houver inflamação recorrente, um profissional pode indicar colírios anti-inflamatórios leves para aliviar os sintomas.
Conclusão: Fique atento!
Se você notou alguma alteração nos olhos, como crescimento da lesão, sintomas persistentes ou irritação constante, procure um oftalmologista para uma avaliação detalhada!
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Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376
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