O pterígio é uma doença ocular benigna caracterizada pelo crescimento de um tecido fibrovascular na córnea. Este crescimento geralmente se inicia no canto interno do olho, avançando para o centro da córnea, formando uma lesão triangular. Apesar de ser benigno e indolor, o pterígio pode ser agressivo, ocasionalmente ameaçando a visão.
O pterígio é mais comum na "zona de pterígio", que compreende latitudes de 40º ao norte e ao sul do equador. Nessas regiões, a prevalência pode chegar a 22% da população, devido à maior exposição à radiação UV.
O que causa o Pterígio?
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de pterígio incluem:
Exposição à luz ultravioleta (UV): A exposição prolongada à luz solar, especialmente sem proteção adequada, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de pterígio. A radiação UV causa danos ao tecido conjuntival e pode estimular o crescimento anormal.
Idade: A prevalência de pterígio aumenta com a idade (especialmente acima dos 60 anos). Pessoas mais idosas têm maior probabilidade de desenvolver a condição devido à exposição acumulada à luz solar ao longo dos anos.
Gênero: Alguns estudos sugerem que homens têm uma incidência ligeiramente maior de pterígio em comparação com mulheres.
Clima e localização geográfica: Pterígio é mais comum em regiões próximas ao equador, onde a exposição à luz UV é mais intensa. Climas quentes, secos e ventosos também estão associados a uma maior incidência de pterígio.
Fatores ocupacionais: Pessoas que trabalham ao ar livre, como agricultores, pescadores e trabalhadores da construção civil, têm maior risco de desenvolver pterígio devido à maior exposição à luz solar e ao vento.
Quais são os sinais e sintomas mais comuns do pterígio e como eles se manifestam?
Os principais sinais e sintomas incluem:
Vermelhidão e Inflamação: O pterígio pode causar vermelhidão e uma sensação de irritação no olho, frequentemente resultando em desconforto ocular.
Sensação de Corpo Estranho: Muitos pacientes relatam sentir como se houvesse algo preso no olho, semelhante a uma sensação de areia ou um objeto estranho, causando irritação constante.
Secura e Lacrimejamento: O olho afetado pode ficar seco devido à interferência na produção e distribuição adequada de lágrimas. Em alguns casos, pode haver lacrimejamento excessivo como uma resposta protetora do olho irritado.
Visão Embaçada: Em casos mais graves, o pterígio pode crescer sobre a córnea, interferindo na visão e causando visão turva ou distorcida. Isso ocorre porque o crescimento pode afetar a forma da córnea, levando ao desenvolvimento de astigmatismo ou outras irregularidades na superfície ocular.
Coceira e Ardor: Coceira persistente e sensação de ardor nos olhos são comuns. A vontade de coçar os olhos deve ser evitada, pois pode piorar a irritação e causar danos adicionais.
Dificuldades com as Lentes de Contato: Se você usa lentes de contato, um pterígio em crescimento pode tornar desconfortável ou até impossível usá-las devido à irregularidade na superfície ocular.
Principais Diagnósticos Diferenciais do Pterígio
É importante considerar várias condições que podem se parecer com o pterígio. A seguir, apresentamos os principais diagnósticos diferenciais:
Neoplasia Escamosa da Superfície Ocular (OSSN): A OSSN é uma condição na qual as células da superfície ocular crescem anormalmente, formando lesões que podem ser pré-malignas ou malignas. É mais comum em áreas com altos níveis de exposição ao sol, devido à radiação ultravioleta (UV). Estudos mostram uma variação significativa na prevalência de OSSN em pterígios cirurgicamente removidos, com taxas de 1,7% no sul da Flórida, 9,8% na Austrália, e 0,9% no Brasil.
Ceratite Marginal Superficial de Fuchs: Uma inflamação na borda da córnea que pode causar desconforto ocular e visão turva.
Dermóide Limbal: Uma massa de tecido anormal localizada na área da córnea e da conjuntiva, geralmente congênita.
Deficiência de Células-Tronco Límbicas: Condição na qual as células-tronco na região limbal não funcionam corretamente, resultando em problemas na cicatrização e regeneração do tecido ocular.
Ceratite Neurotrófica: Caracterizada por danos nos nervos que diminuem a sensibilidade da córnea, levando a dificuldades na cicatrização e regeneração do tecido ocular.
Pannus: Crescimento anormal da conjuntiva sobre a córnea, muitas vezes associada a inflamação crônica.
Síndrome de Stevens-Johnson: Uma reação alérgica grave que pode afetar os olhos, causando cicatrizes e alterações na superfície ocular.
Simbléfaro: Adesões anormais entre a conjuntiva e a córnea, geralmente resultantes de lesões químicas, térmicas ou mecânicas.
Degeneração Marginal de Terrien: Uma condição rara em que a córnea afina progressivamente e perde sua forma normal, frequentemente sem inflamação.
Esses diagnósticos diferenciais são essenciais para um manejo adequado do paciente e para evitar tratamentos inadequados. A avaliação cuidadosa e a consideração dessas condições ajudarão a determinar o diagnóstico correto e o plano de tratamento mais eficaz.
Tratamento do Pterígio
O tratamento para o pterígio pode variar dependendo da gravidade da condição e de como ela está afetando o paciente. A seguir, apresentamos as opções de tratamento mais comuns:
Tratamento Conservador
Medidas Conservadoras:
Colírios e Pomadas Oftálmicas: Se o pterigio não estiver causando sintomas significativos, o médico pode recomendar o uso de colírios ou pomadas oftálmicas para aliviar a irritação. Esses produtos ajudam a manter os olhos lubrificados e a reduzir a inflamação.
Colírios de Esteroides:
Em casos mais graves, o médico pode prescrever colírios de esteroides para reduzir a inflamação e o desconforto. É importante seguir as instruções do médico cuidadosamente ao usar esses medicamentos.
Proteção UV:
Usar chapéus e óculos de sol com proteção UV ao ar livre pode ajudar a proteger os olhos do sol e retardar o crescimento do pterígio. Isso é especialmente importante se o pterígio estiver se aproximando da córnea.
Tratamento Cirúrgico
Se o pterígio estiver causando sintomas persistentes ou afetando a visão, a remoção cirúrgica pode ser recomendada. Existem várias técnicas cirúrgicas disponíveis:
Excisão Cirúrgica com Autoenxerto Conjuntival:
Considerada o padrão-ouro devido à sua baixa taxa de recorrência, essa técnica envolve a remoção do pterígio e o enxerto de uma porção saudável da conjuntiva.
Excisão com Enxerto de Membrana Amniótica:
Em certos casos, a membrana amniótica pode ser usada como enxerto, ajudando na cicatrização e na redução da inflamação.
Se você tiver dúvidas ou preocupações sobre o tratamento do pterígio, não hesite em entrar em contato com a Clínica EYECO. Nossa equipe de profissionais dedicados está à disposição para fornecer orientação personalizada e cuidados de qualidade. Garantir a saúde dos seus olhos é nossa prioridade!
Responsável: Dra. Yandely Ch.| CRM-SP: 154.787
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