A injeção intravítrea é um tratamento altamente eficaz para diversas doenças que afetam a retina. Além disso, também é utilizada no tratamento de Uveítes (inflamações intraoculares) e certos casos de câncer ocular.

Essa técnica inovadora permite que a medicação seja administrada diretamente na cavidade vítrea (fluido gelatinoso e transparente que preenche cerca de dois terços do interior do globo ocular), proporcionando um efeito terapêutico direto e minimizando os possíveis efeitos colaterais sistêmicos.
Graças aos avanços na oftalmologia, a injeção intravítrea tem se mostrado uma solução segura e eficaz, contribuindo para a preservação da visão e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes em todo o mundo.
Quais são as doenças que podem ser tratadas com as injeções intravítreas?
As doenças comumente tratadas por injeções intravítreas são:
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) forma úmida ou exsudativa
Retinopatia diabética
Edema macular
Oclusão da veia central da retina
Membrana Neovascular Subretiniana (MNVSR)
Outras doenças que podem ser tratadas com as injeções intravítreas são:
Toxoplasmose ocular
Necrose aguda de retina
Retinite por citomegalovírus (CMV)
Endoftalmite
Linfomas intraoculares
Retinoblastoma
Que tipo de medicamentos podem ser administrados por injeção intravítrea?
Medicamentos anti-VEGF (agentes antiangiogênicos que impedem a formação de novos vasos sanguíneos, também conhecidos como neovasos). Os principais são:
Bevacizumabe (Avastin, off-label)
Ranibizumabe (Lucentis)
Aflibercepte (Eylea)
Brolucizumabe (Beovu)
Corticosteroides, que reduzem a inflamação. As principais medicações são:
Dexametasona (Ozurdex®)
Acetato de Triancinolona
Antibióticos (medicações que combatem infeções causadas por bactérias e outros microrganismos), as principais são:
Clindamicina
Vancomicina
Ceftazidima
Amicacina
Antivirais (medicações que combatem infeções causadas por vírus). As principais medicações usadas são:
Foscarnet
Ganciclovir
Antifúngicos (medicações que combatem infeções causadas por fungos). As principais medicações usadas são:
Anfotericina
Voriconazol
Antineoplásicos (medicações utilizadas no tratamento do câncer), as principais são:
Metotrexato
Melfalano
Topotecano
Como é feita a injeção Intravítrea?
Geralmente, o procedimento é realizado no centro cirúrgico com precauções rigorosas para evitar infeções. O paciente chega ao centro cirúrgico cerca de 30 a 60 minutos antes do procedimento para dilatar a pupila
O processo para realizar a injeção intravitrea envolve os seguintes passos:
Anestesia: O paciente recebe uma anestesia leve (sedação) e colírio anestésico para que a injeção dentro do olho não cause dor.
Preparação: O médico limpa a área ao redor do olho com um antisséptico e utiliza um campo estéril para manter o ambiente o mais asséptico possível.
Preparação do medicamento: O medicamento a ser injetado é preparado em uma seringa estéril, e o oftalmologista verifica cuidadosamente a dose correta.
Injeção: Com o paciente devidamente preparado, o médico aplica a medição geralmente no canto externo, e insere uma agulha muito fina através da esclera (a parte branca do olho) até alcançar o humor vítreo. Em seguida, o medicamento é injetado lentamente no olho.
Finalmente: Após a injeção, a agulha é cuidadosamente removida e um curativo é aplicado, se necessário. O paciente é instruído a seguir as orientações pós-procedimento, como evitar esfregar o olho e utilizar medicações tópicas conforme prescrito.

É importante ressaltar que a injeção intravítrea é um procedimento delicado que requer habilidades específicas e deve ser realizada por um oftalmologista experiente. Após o procedimento, é comum que o paciente precise fazer acompanhamento regular com o médico para monitorar a resposta ao tratamento e realizar eventuais novas injeções, de acordo com a indicação médica. Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376
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