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Herpes Simples e Alterações na Córnea: entenda a Ceratite Estromal e a Endotelite

  • Foto do escritor: Dr. Ever Rodriguez
    Dr. Ever Rodriguez
  • 4 de ago.
  • 3 min de leitura

O Herpes Simples é um vírus comum que pode atingir os olhos e provocar complicações sérias, especialmente quando afeta a córnea. Entre as manifestações mais graves estão a ceratite estromal e a endotelite herpética, causas relevantes de perda visual evitável no mundo.

Neste artigo, você vai entender: Como o Herpes Simples age na córnea, diferenças entre as formas clínicas, sinais de alerta e diagnóstico, estratégias modernas de tratamento e prevenção

Herpes Simples e Alterações na Córnea: entenda a Ceratite Estromal e a Endotelite
Herpes Simples e Alterações na Córnea: entenda a Ceratite Estromal e a Endotelite

O que é o Herpes Simples ocular?

O Herpes Simplex Vírus tipo 1 (HSV-1) é o principal agente das infecções oculares herpéticas. Ele permanece latente nos gânglios trigeminais e pode ser reativado, afetando diferentes camadas da córnea:

  • Epitélio: leva à ceratite epitelial

  • Estroma: causa ceratite estromal

  • Endotélio: provoca endotelite herpética

As formas mais severas são a ceratite estromal e a endotelite herpética, que exigem manejo especializado para evitar complicações visuais.


Ceratite Estromal Herpética: Agressão Imunológica à Córnea

Como Ocorre?

A Ceratite Estromal é provocada por uma resposta imunológica exagerada do organismo aos antígenos virais, mesmo sem replicação ativa do vírus. Essa inflamação pode levar à:

  • Opacidades estromais

  • Neovascularização (vasos sanguíneos anômalos)

  • Cicatrizes permanentes

Formas Clínicas:

  • Ceratite Estromal não necrotizante: inflamação imune com epitélio íntegro.

  • Ceratite Estromal necrotizante: forma grave, com ulceração, risco de perfuração e perda visual.

De acordo com o Herpetic Eye Disease Study (HEDS), cerca de 18% dos pacientes com doença ocular por HSV-1 apresentaram recorrência envolvendo o estroma, e a ceratite estromal correspondeu a 44% de todas as recidivas.



Endotelite Herpética: Inflamação e Edema da Córnea

A Endotelite Herpética ocorre quando o vírus atinge a camada mais interna da córnea, o endotélio, responsável por manter sua transparência. O dano leva ao acúmulo de fluido (edema) e à perda da visão.

Formas Clínicas:

  • Disciforme: edema circular, é o mais comum

  • Difusa: afeta toda a córnea

  • Linear: padrão linear de inflamação


A Endotelite Herpética frequentemente vem acompanhada de:

  • Precipitados queráticos

  • Reação inflamatória na câmara anterior

  • Aumento da pressão intraocular (por trabeculite associada)

Endotelite Herpética
Endotelite Herpética

Fatores de Risco para Reativação do HSV

Após a infecção inicial, o HSV-1 permanece latente nos gânglios trigeminais, podendo reativar a qualquer momento. Os principais gatilhos incluem:

A reativação pode levar a quadros recorrentes, progressivos e potencialmente cegantes se não tratados adequadamente.


Diagnóstico Clínico: Essencial para o Tratamento Preciso

O diagnóstico do Herpes Ocular é essencialmente clínico, baseado em:

  • Histórico de infecção herpética ocular

  • Achados ao exame com lâmpada de fenda

  • Padrões específicos de inflamação


Exames Complementares:

  • PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) da lágrima ou humor aquoso


Diagnóstico Diferencial:

Ceratite Estromal:

  • Ceratite por Varicela-Zóster (VZV), Citomegalovirus (CMV)

  • Ceratite intersticial por Sífilis ou Doença de Lyme

  • Fungos, Acanthamoeba

  • Sarcoidose, Síndrome de Cogan


Endotelite:

  • Endotelite por CMV ou VZV

  • Síndrome de Fuchs

  • Posner-Schlossman

  • Uveítes Virais Autoimunes


Tratamento: Combate ao Vírus e à Inflamação

1. Medicamentos

  • Antivirais Orais:

    • Aciclovir ou Valaciclovir para reduzir replicação viral

  • Corticoides tópicos:

    • Controlam a inflamação (devem ser combinados com Antivirais)

  • Lubrificantes Oculares:

    • Alívio sintomático

O estudo HEDS (Herpetic Eye Disease Study) confirmou a eficácia da associação de antivirais + corticoides tópicos.


2. Cirurgia (em casos avançados)

  • Transplante de córnea (ceratoplastia penetrante ou lamelar)

  • DALK (Deep Anterior Lamellar Keratoplasty): preserva endotélio e reduz risco de rejeição.


Prevenção de Recorrências: Terapia Profilática

Estudos demonstraram que o uso diário de aciclovir oral reduz em 50% o risco de recidiva em pacientes com Ceratite Estromal.

Pesquisas promissoras:

Vacinas terapêuticas visando estimular a imunidade celular (CD8+) estão em desenvolvimento, com foco na prevenção de reativações no gânglio trigeminal.


Conclusão: Atenção Precoce preserva a Visão

O Herpes Simples ocular é uma infecção crônica e recorrente, com potencial de causar cegueira evitável. O reconhecimento precoce, tratamento adequado e prevenção das recidivas são fundamentais.


O Tratamento Precoce, com acompanhamento por Médico Oftalmologista Especialista em Uveítes/ Córnea é o principal fator para preservar a visão a longo prazo.


EYECO Oftalmologia: Referência no Tratamento do Herpes Simples Ocular

Na Clínica EYECO Oftalmologia, Somos Referência no diagnóstico e tratamento de infecções oculares complexas como o Herpes Simples ocular.

Nosso corpo clínico é formado por especialistas com reconhecimento nacional e internacional, produção científica ativa e ampla experiência no manejo de casos graves e recorrentes.


Se você teve Herpes Simples ou apresenta sintomas como visão embaçada, dor ocular ou sensibilidade à luz, não espere Agende sua consulta conosco.

Na Clínica EYECO, você será cuidado por quem Ensina, Pesquisa e Pratica Oftalmologia com Excelência.


Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376

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