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Coroidopatia Serosa Central: Sintomas, Fatores de Risco e Tratamentos com Evidência Científica

  • Foto do escritor: Dr. Ever Rodriguez
    Dr. Ever Rodriguez
  • 7 de out.
  • 4 min de leitura

A Coroidopatia Serosa Central (CSC) é uma doença da retina que, embora muitas vezes benigna e autolimitada, pode causar alterações visuais significativas e, em casos crônicos, danos permanentes à visão central.O diagnóstico precoce e o tratamento baseado em evidências científicas são essenciais para preservar a visão e evitar complicações.

Neste artigo, você vai entender:

  • O que é a Coroidopatia Serosa Central

  • Seus principais sintomas e fatores de risco

  • Os tratamentos mais eficazes e comprovados pela ciência

Coroidopatia Serosa Central: Sintomas, Fatores de Risco e Tratamentos
Coroidopatia Serosa Central: Tratamentos com Evidência Científica

O que é a Coroidopatia Serosa Central?

A Coroidopatia Serosa Central (CSC) é caracterizada pelo acúmulo de líquido seroso sob a mácula, região central da retina responsável pela visão de detalhes e cores. Esse líquido provoca um descolamento da retina neurossensorial, resultando em embaçamento e distorção da visão central.

A CSC é mais comum em homens entre 30 e 50 anos, sendo rara em mulheres.


Fisiopatologia: o Espectro da Paquicoroide

A Coroidopatia Serosa Central (CSC) faz parte do Espectro da Paquicoroide, um conjunto de doenças caracterizadas por espessamento e hiperpermeabilidade da coroide, camada vascular que nutre a retina.

Principais mecanismos fisiopatológicos:

  • Hiperpermeabilidade da Coroide: Há um aumento da espessura da coroide (paquicoroide) e uma dilatação dos vasos (camada de Haller), levando a um aumento da pressão hidrostática

  • Disfunção do Epitélio Pigmentar da Retina (EPR): O aumento da pressão da coroide lesa e compromete a função de barreira e bomba do EPR.

  • Acúmulo de Fluido Sub-retiniano: O líquido proveniente da coroide extravasa através de um ou mais pontos defeituosos no EPR, acumulando-se sob a retina e causando o descolamento seroso.


Sintomas: quando desconfiar da Coroidopatia Serosa Central?

O reconhecimento rápido dos sintomas é crucial. O paciente com Coroidopatia Serosa Central (CSC) geralmente nota:

  • Visão Central Embaçada ou Reduzida: Principal sintoma.

  • Metamorfopsia: Distorção das linhas retas (ex: as linhas de uma grade ou moldura parecem onduladas).

  • Micropsia: Os objetos parecem menores do que realmente são.

  • Escotoma Positivo: Uma mancha escura ou área de visão turva central

Essas alterações prejudicam a leitura, direção e atividades que exigem precisão.


Fatores de Risco Comprovados

Os principais fatores associados à Coroidopatia Serosa Central (CSC)  incluem:

  • Corticosteroides: O uso de corticoides (sistêmicos, inalatórios, nasais ou tópicos) é o principal fator de risco associado à CSC.

  • Estresse Crônico e Personalidade Tipo A: Altos níveis de estresse crônico, ansiedade e uma personalidade perfeccionista ("Tipo A") estão intimamente ligados à doença devido à liberação de catecolaminas e cortisol.

  • Hipertensão Arterial e Tabagismo

  • Apneia do Sono e Síndrome de Cushing

Controlar esses fatores é essencial para prevenir recorrências.


Diagnóstico: A Tecnologia a Serviço da Visão

O diagnóstico da Coroidopatia Serosa Central (CSC) combina exame oftalmológico com tecnologias avançadas:

  • Tomografia de Coerência Óptica (OCT): Essencial para visualizar o descolamento da retina neurossensorial, quantificar o acúmulo de fluido e medir o espessamento da coroide.

  • Angiografia com Fluoresceína (AF): Identifica o ponto de vazamento de contraste pelo EPR, crucial para a indicação do laser focal.

  • Angiografia com Indocianina Verde (ICGA): É fundamental para avaliar a circulação da coroide, mapear a hiperpermeabilidade e confirmar o diagnóstico em casos atípicos ou crônicos

Esses exames são fundamentais para distinguir a CSC de outras doenças maculares.


Tratamentos para a Coroidopatia Serosa Central: Protocolos Baseados em Evidências

O tratamento da Coroidopatia Serosa Central depende da forma clínica (aguda ou crônica) e da resposta individual do paciente. A seguir, um resumo dos principais protocolos baseados em evidências.


  1. Observação — Primeira Linha para Casos Agudos

A grande maioria dos casos de CSC aguda (aproximadamente 90% a 95%) se resolve espontaneamente dentro de 3 a 6 meses. Nestes casos, a conduta inicial mais recomendada é a observação rigorosa e controle dos fatores de risco (suspender corticoides, controlar o estresse).


  1. Terapia Fotodinâmica (PDT) — Padrão-Ouro para CSC Crônica

A Terapia Fotodinâmica (PDT), que utiliza o fármaco verteporfina ativado por um laser de baixa intensidade, é o tratamento com maior comprovação científica de eficácia para a CSC crônica e recorrente. A PDT atua diretamente na coroide, reduzindo a hiperpermeabilidade vascular e acelerando a reabsorção do fluido sub-retiniano.


  1. Terapias a Laser: Precisão e Segurança

    1. Laser Micropulso Sublimiar (SML): Usa pulsos ultracurtos de energia para estimular o EPR sem causar dano térmico visível, permitindo tratamento próximo à fóvea. Estudos mostram bons resultados, embora a PDT meia-dose seja mais eficaz na redução da espessura coroideana.

    2. Laser Térmico Focal: Indicada apenas quando o vazamento está fora da área central da mácula (>400 μm da fóvea), pois pode causar cicatrizes e neovascularização.


  2. Medicações Sistêmicas e Tópicas: Evidências e Novas Perspectivas

    As terapias medicamentosas representam alternativas para pacientes que não são elegíveis ou recusam tratamentos invasivos (como PDT, laser focal ou injeções intravítreas). Diversas substâncias vêm sendo estudadas com diferentes níveis de evidência.

Tipo de Tratamento

Indicação Principal

Mecanismo e Evidências

Eplerenona / Espironolactona

CSC Crônica / Recorrente

Inibem a via mineralocorticoide, e mostram redução do fluido em alguns estudos, mas PDT é superior.

Rifampicina

CSC Crônica refratária

Antibiótico que aumenta o metabolismo hepático dos corticoides endógenos.

Finasterida

CSC Crônica

Redução do fluido; pode haver recidiva após suspensão.

Anti-VEGF Intravitrea

CSC com neovascularização

Útil em casos com neovascularização secundária.

Aspirina

CSC recorrente

Pode reduzir recorrências; necessita mais evidências.

Acetazolamida / Dorzolamida

CSC Crônica / adjuvante

Aumentam a função de bomba e Acelera reabsorção de fluido.

Melatonina

CSC Crônica

Melhora significativa da acuidade visual e reabsorção do fluido.

EYECO Oftalmologia: Referência no Tratamento da Coroidopatia Serosa Central

Na Clínica EYECO Oftalmologia, somos referência nacional no diagnóstico e Tratamento da Coroidopatia Serosa Central. Nosso corpo clínico reúne especialistas reconhecidos internacionalmente, com produção científica ativa e ampla experiência em casos complexos.

Oferecemos:

  • Protocolos de tratamento baseados em evidências.

  • Tecnologias modernas como Tomografia de Coerência Óptica (OCT) e Laser Micropulso Sublimiar de última geração.

  • Acompanhamento personalizado para cada paciente, com foco no controle dos fatores de risco sistêmicos.


Na Clínica EYECO, você será cuidado por quem Ensina, Pesquisa e Pratica Oftalmologia com Excelência.

Agende sua consulta e proteja sua visão com segurança e confiança.


Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376

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