O Carcinoma de Glândulas Sebáceas das Palpebras é um câncer raro, mas altamente agressivo, que pode afetar as glândulas sebáceas ao redor dos olhos. Muitas vezes, ele se apresenta como um pequeno nódulo nas pálpebras e pode ser confundido com condições benignas, como calázio persistente ou blefarite crônica.
A detecção precoce é essencial para evitar complicações graves. Neste artigo, explicamos os sintomas, fatores de risco e a importância de procurar um oftalmologista ao perceber qualquer alteração suspeita nos olhos.

O Que É o Carcinoma de Glândulas Sebáceas?
O Carcinoma de Glândulas Sebáceas é um câncer raro, agressivo e potencialmente letal que surge nas glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de oleosidade da pele. Esse câncer ocorre mais comumente nas pálpebras, onde encontramos diversas glândulas sebáceas, como:
Glândulas de Meibômio (dentro da pálpebra, no tarso)
Glândulas de Zeis (na base dos cílios)
Carúncula (pequena área rosada no canto interno do olho)
Pele da sobrancelha
O Carcinoma de Glândulas Sebáceas aparece mais na pálpebra superior, já que ela tem mais glândulas de Meibômio (50 glândulas na pálpebra superior, 25 na pálpebra inferior).
Embora o Carcinoma de Glândulas Sebáceas seja mais frequente na região das pálpebras, aproximadamente 25% dos casos também podem surgir em outras áreas do corpo, como no rosto, couro cabeludo ou região genital.
Desafio e Impacto na Mortalidade
O Carcinoma de Glândulas Sebáceas é conhecido como o "grande mascarador", pois frequentemente é confundido com lesões benignas (calázio persistente ou blefarite crônica) ou outros tumores malignos, o que pode retardar o diagnóstico e piorar o prognóstico. No passado, as taxas de mortalidade variavam entre 18% e 30%, mas estudos recentes apontam um prognóstico mais favorável devido ao aumento da conscientização e ao diagnóstico precoce.
Prevalencia do Carcinoma de Glândulas Sebáceas
O Carcinoma de Glândulas Sebáceas representa cerca de 5% dos tumores malignos palpebrais. Sua incidência varia conforme a população, sendo estimada em 0,5 casos por milhão entre caucasianos com mais de 20 anos. Em populações asiáticas, a frequência é significativamente maior. Estudos na Índia apontam que 28% dos tumores malignos palpebrais são carcinomas sebáceos.

Sinais e Sintomas do Carcinoma de glândulas Sebáceas
Fique atento a sinais que podem indicar a presença de um Carcinoma de Glândulas Sebáceas, tais como:
Nódulo ou caroço na pálpebra, que cresce lentamente.
Mudança na aparência da pálpebra, que pode ficar mais espessa ou com coloração diferente
Queda de cílios na área afetada.
Sensibilidade ou irritação persistente.
Crostas ou ulceração nas pálpebras.
Sangramentos leves na região.
Dificuldade na cicatrização de lesões.
Se qualquer um desses sintomas persistir por semanas, é crucial procurar um Oftalmologista especialista em Oncologia Ocular para avaliação e diagnóstico precoce.
Fatores de Risco para o Carcinoma de glândulas Sebáceas
Algumas condições aumentam o risco de desenvolver carcinoma de glândulas sebáceas:
Sexo: O carcinoma sebáceo periocular é mais comum em mulheres, enquanto o extraocular é mais frequente em homens.
Idade: Maior incidência entre 57 e 72 anos, mas pode ocorrer em pacientes mais jovens submetidos a radioterapia periocular.
Imunossupressão: Pacientes imunocomprometidos (transplantados ou portadores de linfomas) têm maior risco.
Histórico de radiação: Pacientes previamente irradiados têm maior risco de desenvolver esse tumor.
Como é Feito o Diagnóstico do Carcinoma de glândulas Sebáceas?
O diagnóstico do Carcinoma de Glândulas Sebáceas pode ser desafiador e exige um alto índice de suspeição clínica. As principais abordagens diagnósticas incluem:
Exame físico detalhado, incluindo eversão da pálpebra para avaliar a extensão da lesão.
Biospsia incisional ou excisional com análise histopatológica.
Imuno-histoquímica para diferenciação de outros tumores.
Ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) para avaliar a extensão da doença.
Cerca de 40% a 75% dos casos são inicialmente diagnosticados incorretamente como carcinoma basocelular ou espinocelular. Portanto, a análise deve ser revisada por um patologista ocular experiente.
O que pode ser confundido com o Carcinoma de glândulas Sebáceas?
Calázio – O calázio é um nódulo na pálpebra causado pelo entupimento das glândulas sebáceas. Diferente do Carcinoma de Glândulas Sebáceas, ele costuma ser bem delimitado, pode ser doloroso e raramente causa perda de cílios. No entanto, se um calázio for recorrente ou aparecer em pessoas mais velhas, deve-se investigar a possibilidade de Carcinoma de Glândulas Sebáceas.
Blefarite e outras inflamações – O Carcinoma de Glândulas Sebáceas pode se parecer com inflamações como blefarite (inflamação crônica das pálpebras), conjuntivite e meibomite. Se o você tiver uma blefarite unilateral (em um olho só) ou uma inflamação persistente que não melhora com o tratamento, é necessário avaliar melhor.
Outros tumores – Alguns tumores benignos e malignos podem ter aparência semelhante ao Carcinoma de Glândulas Sebáceas:
Carcinoma Basocelular (CBC) – Mais comum na pálpebra inferior, tem coloração esbranquiçada e pode formar feridas abertas.
Carcinoma Espinocelular (CEC) – Mais superficial e sem a coloração amarelada do Carcinoma de Glândulas Sebáceas.
Melanoma palpebral– Normalmente escuro (preto ou marrom), mas pode ser incolor e parecido com o Carcinoma de Glândulas Sebáceas.
Linfoma da pálpebra – Forma um nódulo mais profundo, sem os sinais inflamatórios típicos do Carcinoma de Glândulas Sebáceas.
Como o Carcinoma de glândulas Sebáceas é Tratado? Metástases
O tratamento é essencialmente cirúrgico, e a abordagem mais eficaz inclui:
Excisão cirúrgica ampla com margens livres.
Cirurgia micrográfica de Mohs para melhor conservação tecidual e controle local.
Crioterapia ou mitomicina C tópica em casos de envolvimento conjuntival.
Exenteração orbitária, nos casos mais agressivos com invasão profunda.
Biospsia de linfonodo sentinela, para tumores perioculares em estágio avançado.
O estadiamento é realizado com base nos critérios TNM do American Joint Committee on Cancer (AJCC), sendo fundamental para definir o prognóstico e o planejamento terapêutico.
Metástases
Os locais mais comuns de metástase local são os linfonodos pré-auriculares, parotídeos e cervicais. Caso haja evidências de metástase regional em exames de imagem ou no exame físico, a dissecção linfonodal deve ser considerada.
As metástases à distância ocorrem mais frequentemente no fígado e nos pulmões. Em casos de doença metastática, a quimioterapia sistêmica, sob orientação de um Oncologista.
Conclusão: Não Ignore os Sinais!
O Carcinoma de Glândulas Sebáceas pode ser confundido com problemas oculares comuns como calázio persistente ou blefarite crônica, atrasando o diagnóstico. No entanto, quanto mais cedo for identificado, maiores são as chances de um tratamento eficaz e menos invasivo.
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