top of page

Glaucoma Secundário a Tumores. Descubra os Riscos e Como Prevenir!

Foto do escritor: Dr. Ever RodriguezDr. Ever Rodriguez

O Glaucoma Secundário a Tumores também chamado de Glaucoma Secundário a Neoplasias é uma condição rara, mas potencialmente grave, que pode indicar uma neoplasia intraocular ou metastática. A identificação precoce é essencial, pois pode estar associada a tumores malignos que ameaçam a vida. Este artigo aborda os principais aspectos dessa condição, incluindo mecanismos fisiopatológicos, sinais clínicos e estratégias de tratamento.

Este artigo aborda as principais causas, sintomas, diagnóstico e estratégias de tratamento do glaucoma secundário a tumores.


GLaucoma Secundário a  Neoplasias
Glaucoma Secundário a Tumores

O que é o Glaucoma Secundário a Tumores?

O glaucoma é caracterizado pelo aumento da pressão intraocular (PIO), podendo levar a danos irreversíveis no nervo óptico e perda visual. No caso do Glaucoma Secundário a Tumores, a elevação da pressão ocorre devido à presença de um tumor intraocular, seja primário ou metastático, que interfere na circulação normal do humor aquoso, líquido responsável pela manutenção da pressão ocular.


Principais Tumores Associados ao Glaucoma Secundário

Diversos tipos de tumores podem levar ao glaucoma secundário. Entre os mais comuns, destacam-se:

1. Melanoma Uveal

O Melanoma Uveal é a neoplasia intraocular primária mais comum e frequentemente está implicado no glaucoma secundário. Dependendo da localização, pode elevar a PIO por diferentes mecanismos:

  • Melanomas da íris: invadem diretamente o trabeculado, reduzindo o escoamento do humor aquoso.

  • Melanomas do corpo ciliar: são de difícil detecção e podem causar dispersão pigmentária e obstrução do trabeculado.

  • Melanomas da coroide: podem provocar descolamento seroso da retina e neovascularização, contribuindo para a elevação da PIO.

2. Metástases Oculares

O olho pode ser um local de metástase para vários tipos de cânceres, sendo os mais comuns mama e pulmão. O glaucoma nesses casos ocorre mais frequentemente quando as metástases atingem o segmento anterior, causando infiltração do trabeculado e obstrução do fluxo de humor aquoso.

3. Retinoblastoma

O Retinoblastoma, tumor maligno mais comum na infância, deve ser considerado no diagnóstico diferencial de glaucoma pediátrico. Aproximadamente 17% a 23% dos casos apresentam elevação da pressão intraocular (PIO), especialmente em tumores avançados. Os mecanismos incluem:

  • Neovascularização da íris e fechamento angular.

  • Invasão do trabeculado por células tumorais.

4. Leucemias e Linfomas

Pacientes com Leucemia ou Linfoma podem desenvolver glaucoma secundário devido à infiltração celular do trabeculado, hipémia e inflamação intraocular. Estudos mostram que 28% dos pacientes com leucemia aguda ou crônica apresentam infiltração ocular em autópsias.


Sinais de Alerta e Diagnóstico

A suspeita de Glaucoma Secundário a Tumores deve ser considerada em casos de glaucoma unilateral ou marcadamente assimétrico. Outros sinais sugestivos incluem:

  • Heterocromia da íris (diferente coloração entre os olhos).

  • PIO resistente ao tratamento convencional.

  • Uveíte persistente e sem resposta aos corticóides.

  • Pigmentação anormal e hemorragia intraocular.

  • Descolamento seroso de retina com aumento da PIO.


Diagnóstico do Glaucoma Secundário a Tumores

Para diagnosticar o glaucoma secundário a neoplasias, o oftalmologista pode solicitar os seguintes exames:

  • Tonometria – Mede a pressão intraocular (PIO). Valores acima de 21 mmHg indicam hipertensão ocular.

  • Gonioscopia – Avalia a presença de invasão do trabeculado ou massas intraoculares.

  • Ultrassonografia Ocular (USG) – úteis para tumores situados no segmento posterior.

  • Biomicroscopia ultrassônica (UBM) - essencial para lesões da íris e corpo ciliar

  • Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM) – Indicadas para investigação de metástases e extensão tumoral.

  • Biópsia e exames laboratoriais – Em casos suspeitos de neoplasias malignas.

A diferenciação entre glaucoma primário e glaucoma secundário a neoplasia é fundamental para direcionar o tratamento adequado.


Tratamento do Glaucoma Secundário a Tumores

O tratamento do Glaucoma Secundário a Tumores está diretamente relacionado ao manejo da neoplasia subjacente. As principais abordagens incluem:

1. Tratamento Oncológico

  • Cirurgia: ressecção do tumor quando possível.

  • Radioterapia: indicada para melanomas uveais e metástases.

  • Quimioterapia: utilizada principalmente para leucemia, linfoma e retinoblastoma.

2. Controle da Pressão Intraocular

  • Medicamentos hipotensores: betabloqueadores, inibidores da anidrase carbônica e análogos de prostaglandinas.

  • Iridotomia a laser: quando há bloqueio pupilar.

3. Cirurgia para Glaucoma

A cirurgia filtrante (Trabeculectomia) é contraindicada na presença de tumores intraoculares primários devido ao risco de disseminação. Nos casos em que a visão já está comprometida e o controle da pressão intraocular (PIO) é ineficaz, a enucleação (remoção do globo ocular) pode ser considerada.


Conclusão

O Glaucoma Secundário a Tumores é uma condição desafiadora que exige alto índice de suspeição. A avaliação oftalmológica detalhada e exames complementares são fundamentais para o diagnóstico precoce. O manejo adequado envolve um trabalho multidisciplinar entre oftalmologistas, oncologistas para garantir o melhor prognóstico visual e sistêmico para o paciente.


Na Clínica EYECO Oftalmologia, contamos com nosso Especialista em Oncologia ocular pronto para oferecer um atendimento humanizado, acolhedor e de excelência. Aqui, você recebe todo o suporte necessário para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.

Agende sua consulta agora mesmo! Seu olhar merece o melhor cuidado


Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376

Confira essa e outras informações na nossa página do Facebook ou Instagram.


Faça seu agendamento via WhatsApp agora! 




Comments


Commenting has been turned off.
Seta de pagina
bottom of page